________Meu trabalho ao longo desse projeto foi basicamente transcrever a fala do Cosme contando sua história. No início da escrita, tentamos utilizar a terceira pessoa. Logo vimos que a voz do Cosme era insuperável e necessária, e ele passou a ditar enquanto eu digitava. Quanto às composições, escolhemos algumas da quase uma centena que transcrevi dos seus cadernos. Essas composições estão registradas na Biblioteca Nacional e esse material, em breve, irá se tornar um livro de poemas/letras.

_________Conheci o Cosme em São Paulo, setembro de 2012. Eu estava em uma festa na rua e ele cantou um samba. Além de cantar, fazia com a voz o som de um trombone e o gesto de tocar com as mãos, de modo que ficava evidente que ele sabia o que estava fazendo. Me aproximei e perguntei de quem era aquele samba. Era dele. O samba em questão, “A flor”, é das minhas composições favoritas do Cosme. Um samba eterno, na minha opinião.

__________A partir de então, nossa amizade e parceria se desenrolaram: passei a ser o seu "empresário" - “colávamos” juntos em diferentes “rolês” e consegui algumas apresentações para ele. Assim, aprendi que o Cosme, além de ser um artista, é uma boa pessoa e um grande amigo.

_________Portanto sou agradecido pela oportunidade que tenho de fazer uma coisa certa: registrar e contribuir com a obra desse artista e amigo fora de série. Agradeço aos amigos e parceiros que em diferentes momentos colaboraram e colaboram com essa trajetória. Transcrever as composições e a história do Cosme e viabilizar a gravação das suas músicas é um processo que me ensina muito sobre a vida e o fazer artístico.

_________Projeto executado através do Edital Criação e Formação Diversidade das Culturas realizado com recursos da Lei Aldir Blanc n 14.017/20 da @fundacao_marcopolo
O MENINO ÓRFÃO QUE VIROU POETA
a autobiografia de Cosme Rodrigues
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